Tratamentos Publicado em: 17/05/2023

Azia: tudo que você precisa saber sobre o quadro

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O dia começa ensolarado e você se prepara para sair e encontrar amigos para um churrasco farto, cheio de comida boa e bebidas à vontade. Porém, ao retornar para casa a picanha com aquela gordurinha e a cerveja geladinha cobram o seu preço: uma bela e desconfortável azia.

Aquela sensação incômoda de queimação que toma conta do peito e da garganta e que às vezes vem acompanhada de refluxo.

Depois de um dia atípico de excessos, o sintoma pode acontecer e ser aliviado. Porém, em algumas pessoas, a azia constante pode ser resultado de alguma doença ou condição crônica que exige mais cuidados com os gatilhos que causam o problema.

Neste artigo, montamos um guia com as principais informações sobre a azia. Continue lendo e entenda o sintoma, as causas, tratamentos, alimentos que provocam e os que previnem o problema, e como a saúde emocional pode afetar as funções gastrointestinais.

Boa leitura!

O que é azia e queimação?

A azia, ou pirose, é a sensação de queimação que sobe da área abaixo do peito, provocando ardor na garganta e gosto ácido ou amargo na boca. O sintoma pode acontecer de forma isolada, mas também pode estar relacionado com alguma disfunção no esôfago (ex: refluxo gastroesofágico) ou doença (ex: hérnia de hiato)1.

O sintoma é considerado um dos três transtornos de saúde menor, ou seja, de baixa gravidade, que ocorre por um curto período, porém é o que mais leva a busca de assistência médica. A pirose afeta de 10% a 48% da população1.

A azia é classificada como episódica, frequente ou persistente, de acordo com a sua frequência. Confira na tabela abaixo1:

Classificação Frequência
Episódica menos de duas vezes por semana
Frequente duas ou mais vezes na mesma semana
Persistente mais de uma semana com o sintoma

 

Geralmente, o sinal de queimação começa duas horas depois das refeições e pode piorar se a pessoa se deitar, praticar atividade física em seguida ou pouco tempo depois de comer ou ingerir alimentos que predispõem a pirose, como comida gordurosa, frutas cítricas, bebida alcoólica1.

O volume da refeição também é um fator determinante para o sintoma. Por isso, comer grandes porções de uma vez aumenta as chances da pirose aparecer.

Outro desdobramento do sintoma é a azia noturna que, como o nome indica, acontece enquanto estamos dormindo.

Quais são os principais sintomas da azia?

A sensação de queimação e ardor na garganta são os sintomas de pirose mais frequentes e característicos. Porém, o quadro pode indicar a possibilidade de algo mais grave quando associado a outros sinais, como dificuldade ou dor para engolir os alimentos, rouquidão, tosse frequente, sangramento gastrointestinal e perda de peso1.

Por isso, é importante ficar atento aos sinais do corpo durante a alimentação e a recorrência do sintoma, pois quanto mais frequentes os episódios, mais limitações eles podem provocar.

Sem falar que é muito chato sair para comer algo diferente e se sentir mal depois ou trabalhar com um gosto amargo na boca, não é mesmo?

Além disso, tratar a causa da azia é fundamental para evitar que o sintoma cause danos na região do esôfago, pois o excesso de contato com o ácido estomacal pode provocar lesões e gerar problemas de saúde mais graves2.

Qual é a causa da azia?

A causa da pirose pode englobar vários fatores que contribuem para que esse desconforto apareça ou se intensifique depois da alimentação. Listamos abaixo, quais são os hábitos e práticas que mais influenciam. Confira!

Hábitos alimentares

Como é possível imaginar, os hábitos alimentares são um dos principais fatores para o surgimento da pirose. Afinal, existem alguns alimentos específicos que tendem a provocar azia.

Isso acontece porque as células secretoras de ácido no estômago ficam mais ativadas por alguns alimentos que desequilibram a quantidade normal de secreção ou estimulam o refluxo ácido a causar alterações, principalmente no esôfago1.

Alimentos que provocam azia

Alguns desses alimentos que provocam ou agravam os sintomas de pirose são:

  • abóbora1;
  • peixes oleosos (ex.: salmão, atum, sardinha)1;
  • bebidas alcoólicas1
  • pepino1;
  • alimentos gordurosos1;
  • condimentos artificiais1;
  • picles1;
  • alimentos industrializados (ex: embutidos, salgadinhos, biscoitos, suco em pó, balas)
  • pimenta1;
  • bebidas gaseificadas (ex: refrigerantes, água com gás)1;
  • pimentão1;
  • café ou outras bebidas com cafeína (ex: chá verde, chá de hortelã, chás pretos e chá mate)1;
  • produtos derivados do trigo (ex: pães, massas)1;
  • cebola e alho1;
  • queijo1;
  • chocolate1;
  • rabanete1;
  • fritura1;
  • suco de frutas ácidas (ex.: abacaxi, acerola, ameixa, amora, caju, laranja, limão, morango, pêssego, tangerina, uva)1;
  • frutas verdes (ex.: banana verde)1;
  • tabaco1;
  • leite1;
  • vinagre1.

É importante destacar que nem todas as pessoas sentem desconforto ao ingerir esses alimentos, principalmente as frutas e os legumes. Exercitar a observação, reparando o que os alimentos causam, dá uma boa indicação do que evitar na rotina.

A frequência e intensidade da queimação são bastante influenciados pelo volume de comida e pela quantidade de gordura1. Essas informações são essenciais para o médico investigar se existem outros problemas por trás do sintoma.

Atividades física após refeições

Outra causa da azia é a proximidade da atividade física das refeições. Se você já praticou qualquer modalidade de exercício poucos minutos depois de comer, conhece bem a sensação de sentir o alimento “voltar” acompanhada pelo gosto ruim na garganta.

O desconforto acontece porque o exercício provoca um aumento da pressão abdominal, o que reduz a capacidade de vedação do esfíncter gastroesofágico, anel no fim do esôfago, que fica fechado enquanto o estômago digere os alimentos1.

Dessa forma, exercícios simples, mas que pressionam a região do abdômen, como o agachamento e os abdominais, contribuem para o surgimento da pirose.

Cada pessoa pode equilibrar esse tempo, mas, em média, recomenda-se um intervalo de 90 a 120 minutos para se exercitar depois de comer3.

Leia mais: 5 benefícios dos exercícios físicos para a saúde.

Estresse

O estresse, que envolve aspectos psicológicos e sociais, é um fator que pode influenciar o aparecimento de sintomas de vários distúrbios gastrointestinais, inclusive a azia.

Nesse caso, não é apenas o estresse que provoca ou agrava a pirose. Outros hábitos associados, como tabagismo e a ingestão de álcool ou de alimentos gordurosos, também favorecem o surgimento do quadro.

Um estudo australiano destaca que 1/3 das pessoas que apresentava queimação, apontou o estresse como motivo, além de queixas sobre ansiedade4.

Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico, também chamado de refluxo ácido, acontece quando o conteúdo do estômago volta para o esôfago, podendo chegar até a boca.

Em geral, acontece depois das refeições ou quando a pessoa se deita. Por isso, é comum que, junto com o refluxo, também venha a pirose e o incômodo na garganta (um combo bastante desconfortável de sentir). Porém, o episódio é passageiro, pontual e não gera complicações.

Pessoas mais sensíveis, ao fazer uma refeição farta e rica em carboidratos e gorduras, têm  azia devido ao aumento da pressão intragástrica no estômago, que faz com que o esfíncter esofagiano não consiga conter o refluxo do alimento em digestão1.

Leia também >>> O que é bom para refluxo? Saiba quais alimentos comer e quais evitar.

Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)

Separamos o refluxo ácido, da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), pois são quadros diferentes. E o primeiro não é sinônimo do segundo.

Uma pessoa tem a DRGE quando os sintomas são constantes ou quando o esôfago é lesionado pelo contato com o ácido gástrico. Além da queimação, acontecem: regurgitação, vômito e dificuldade ou dor ao engolir1.

Quando os episódios de azia ocorrem, pelo menos, de duas a três vezes por semana e de forma recorrente, esse fato pode indicar a presença de DRGE1.

Devido à frequência dos sintomas e à possibilidade de causar lesões que podem se tornar gatilho para outras doenças, a Organização Mundial de Gastroenterologia recomenda que a população busque atendimento médico especializado (gastroenterologista) para tratar esse tipo de quadro corretamente5.

Hérnia de hiato

A hérnia de hiato é uma protuberância que surge quando uma parte do estômago expande para a porção superior do diafragma, que separa o tórax do abdômen10.

Os sintomas são similares aos do refluxo gastroesofágico, como indigestão, azia e regurgitações. Um detalhe importante que é a hérnia de hiato pode provocar a doença do refluxo (DRGE). Por isso, deve ser tratada para evitar casos graves10.

Gravidez

A pirose, assim como o refluxo ácido e a indigestão (dispepsia), são sintomas comuns na gravidez. Isso porque a fase traz muitas mudanças e ajustes ao corpo da mulher, e isso inclui a área gastrointestinal.

A ação dos hormônios e o crescimento do feto e, consequentemente da barriga, aumentam a pressão sobre o estômago, afetando também o esfíncter esofágico. Com isso, o ácido gástrico escapa com mais frequência e provoca mais episódios de azia1.  

Entre 17% e 45% das mulheres queixam-se de queimação em alguma fase da gestação, independentemente do momento, mas a tendência é que o sintoma piore na etapa final6.

Outros fatores que contribuem para a piora e a frequência da pirose são: quando a mulher já sentia azia antes da gravidez e o estresse emocional.

Na gestação, a administração de medicamentos deve ser orientada pelo obstetra para que escolhas mais seguras sejam feitas para cada paciente. Por isso, a automedicação não é recomendada.

Provavelmente, alguns hábitos e alimentos também deverão mudar durante a gravidez para evitar a queimação e a indigestão.

Leia também >>> Gases na gravidez: causas, prevenção e como eliminá-los.

Faixa etária

A faixa etária é um fator que aumenta a predisposição para transtornos gastrointestinais como a azia. Em pacientes acima dos 60 anos, a pirose recorrente deve ser investigada o mais rápido possível.

Casos com sintomas associados à perda de peso involuntária, anemia, saciedade precoce, sangramento e dor ao engolir os alimentos devem ser avaliados com apoio de exames de imagem, como a endoscopia. 

Segundo o Elderly Health Service, os fatores em relação à idade que predispõem pessoas 60+ a desenvolver queimação são:

  • redução na produção de saliva, suco gástrico, bile e enzimas, o que interfere na eficácia da digestão7;
  • problemas de mastigação, como dentadura mal ajustada, cárie dentária ou perda de dente podem levar a uma mastigação inadequada7;
  • hábitos pouco saudáveis, como comer em excesso, refeições irregulares, fumar e consumir álcool7;
  • uso de certos medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides ou aspirina, que tendem a causar azia7.

Como pessoas idosas podem ter outras condições de saúde e fazer uso contínuo de medicamentos, o uso de antiácidos, por exemplo, não deve acontecer sem recomendação médica. Isso porque a interação medicamentosa pode interferir na absorção dos ativos.

Observação: a obesidade também é considerado um fator de risco para várias doenças, entre elas a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e hérnia de hiato, causando regurgitação frequente e azia. O tratamento para perda de peso com acompanhamento médico é fundamental para evitar os riscos.

Quando procurar o médico?

Nada melhor do que aliviar um sintoma desconfortável, não é mesmo? Porém, se ele é frequente, intenso e recorrente, o sinal de alerta é ligado.

No caso da azia, a persistência do sintoma por mais de sete dias, mesmo sendo administrada alguma medicação para alívio ou tratamento com recursos naturais, indica a necessidade de procurar apoio médico1. Outras situações são:

  • Azia frequente (duas ou mais vezes por semana), pois é sintoma de outras doenças, como úlcera péptica, DRGE, câncer esofágico e gástrico1.
  • Pirose ou regurgitação noturna por mais de três meses1.
  • Grávidas que não sentem melhora com tratamento não farmacológico1.
  • Persistência de rouquidão, tosse ou sensação de afogamento (engasgamento) precisam de avaliação, pois podem estar relacionadas à DRGE1.
  • Dificuldade de engolir alimentos e líquidos, o que pode indicar outras doenças, como edema de glote e angioedema1.
  • Sinais como deglutição dolorosa, perda de peso, náusea, vômitos ou diarreia constante1.
  • Sangramento gastrointestinal verificado no vômito e/ou fezes, fezes enegrecidas e anemia, o que pode indicar lesões ulcerativas1.
  • Queimação associada a sintomas cardíacos, como dor no peito que irradia para pescoço, ombros ou braços, sudorese e falta de ar necessita de atendimento médico de urgência1.
  • Uso prolongado de medicamentos inibidores da bomba de prótons com prescrição médica1.

Como é o tratamento da azia?

O tratamento da azia varia conforme a causa. Por exemplo, um medicamento para alívio pode ser utilizado se for algo pontual e específico. O tratamento vai exigir mais mudanças para evitar que o sintoma ocorra quando é diagnosticada alguma doença.

No caso da pirose, o tratamento não farmacológico, que envolve mudanças de hábitos, é essencial para reduzir o desconforto, prevenir complicações e evitar a administração desnecessária de medicamentos1.

Em geral, cada pessoa tem um protocolo individual, que leva em consideração o histórico médico e os fatores que melhoram ou pioram o(s) sintoma(s). Dessa forma, o médico considera a inclusão de medicamentos, avaliando a tolerância em relação às substâncias disponíveis, bem como alergias e efeitos colaterais, caso o paciente já tenha utilizado alguma medicação anteriormente.

Quando necessário, o tratamento inclui intervenção cirúrgica, por exemplo, em quem sofre de hérnia de hiato, para aliviar o sintoma e melhorar o quadro como um todo. 

Buscopan serve para azia?

Não, Buscopan não serve para aliviar a azia. Porém, em algumas doenças em que a queimação é um sintoma, também ocorrem sintomas associados, como cólica, dor e desconforto abdominal. Para o alívio desses sinais o Buscopan é indicado. Ou seja, o medicamento pode estar presente no tratamento, mas não terá essa finalidade.

O que é bom para aliviar a azia?

Na lista do que é bom para aliviar azia estão os alimentos ricos em fibras que dão mais saciedade, os alimentos alcalinos e os ricos em água que equilibram a acidez estomacal, e as carnes magras grelhadas que facilitam a digestão, entre outros alimentos. Confira os exemplos de cada categoria.

Fibras

(dão mais saciedade e ajudam a evitar exageros na alimentação)

  • Grãos integrais: aveia, cuscuz e arroz integral8.
  • Vegetais de raiz: batatas doces, batatas, cenouras e beterrabas8.
  • Legumes verdes: como aspargos, brócolis, aipo, couve-flor e feijão verde8.

Alimentos alcalinos

(pH mais alto que neutraliza a acidez estomacal)

  • Banana8
  • Melão8
  • Couve-flor8
  • Erva-doce8
  • Maçã8
  • Nozes8

Alimentos ricos em água

(enfraquecem e diluem o ácido do estômago)

  • Aipo8
  • Alface8
  • Melancia8
  • Sopas à base de caldo8
  • Chá de ervas8

Carnes magras

(de preferência grelhadas e não fritas)

  • Aves: peito de frango
  • Carne vermelha: patinho, maminha, lagarto, filé mignon, coxão mole e coxão duro
  • Suína: peito e pernil

Outros alimentos

  • Leite desnatado ou vegetal (baixo em gorduras)8
  • Gengibre8
  • Chá de camomila8

8 cuidados para evitar azia

Além dos alimentos indicados acima que provocam azia e, portanto, devem ser evitados, caso você tenha sensibilidade ao ingeri-los, outros hábitos preventivos ajudam a evitar a pirose no dia a dia. Veja quais são:

1. Mudar hábitos alimentares

Esse é um cuidado essencial para quem tem pirose como sintoma de alguma doença. Isso porque sem controle dos alimentos no dia a dia, o sintoma pode aparecer constantemente e agravar a condição.

Troque alimentos com alto teor de gordura, excesso de condimentos ou com componentes ácidos por alimentos ricos em fibras, água e carnes magras.

2. Fracionar as refeições ao longo do dia

Fazer refeições regulares e menores durante o dia ajuda a evitar excesso na hora de se alimentar, melhorando a digestão e evitando a distensão gástrica, o que diminui a azia.

Planeje as refeições, especialmente a última para que ela aconteça pelo menos três horas antes de dormir. As pessoas que pulam refeições e/ou comem tarde da noite são mais propensas a ter queimação1. Fique atento!

3. Evitar roupas ou acessórios apertados na região da barriga

A compressão causada por roupas e acessórios na região abdominal pode aumentar a pressão intragástrica no estômago.

Como já explicamos, essa pressão interna prejudica a função do esfíncter esofágico inferior e aumenta as chances do conteúdo gástrico voltar como refluxo, causando a queimação1.

4. Reduzir ou eliminar o tabagismo

A pirose é um sintoma muito comum entre fumantes e o estímulo à redução e, depois, à  eliminação do hábito, é fundamental para acabar com os episódios.

Outro prejuízo do cigarro é que as substâncias químicas presentes aumentam a secreção gástrica, o que pode provocar queimações ainda mais fortes e desconfortáveis1.

Como não é um hábito simples de eliminar, um planejamento passo a passo com a fase de diminuição, adiamento dos horários de fumar e redução de quantidade ajuda a ter sucesso.

5. Eliminar/evitar produtos gatilho

A regrinha é simples: quanto menos alimentos e produtos que causam a pirose forem consumidos, melhor.

As bebidas à base de cafeína (café, chá verde, chá preto, chá mate, etc.) e bebidas alcoólicas, por exemplo, são gatilhos para desencadear a queimação. Então, se eles causam desconforto, consuma-os moderadamente ou os elimine da rotina.

O mesmo é válido para outros gatilhos. Cada pessoa tem um grupo de estímulos que são mais problemáticos. Anotá-los e deixá-los visíveis é uma forma de lembrar que deve evitá-los.

6. Não fazer automedicação com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)

Estudos indicam que pessoas que usam AINEs têm uma tendência maior a ter sintomas de indigestão, incluindo a pirose, do que as que não usam essa categoria de medicamento9.

Os remédios dessa classe ainda podem provocar mais danos à mucosa gastroduodenal1. O recomendado é conversar com o médico, falar da predisposição à azia e solicitar outros tipos que não tenham esse efeito.

7. Planejar os horários para atividade física

Para evitar que o horário da refeição seja muito próximo ao do exercício, estude sua rotina e veja em qual momento você consegue manter uma distância maior e, assim, evitar a azia durante as atividades.

Vale a pena até trocar o período que você vai a academia para conseguir se alimentar bem ao longo do dia e ter vitalidade para todas as tarefas.

Outra dica é sobre a intensidade do exercício. Caso sinta desconforto na região abdominal por causa do peso, controle melhor a carga para evitar sintomas incômodos1.

8. Elevar a cabeceira da cama

A elevação da cabeceira também é um cuidado que ajuda a reduzir, principalmente, a azia noturna em pessoas com refluxo gastroesofágico. A recomendação é que a elevação seja de, no mínimo, 15 cm para que a mudança tenha o efeito esperado1.

Porém, atenção, não troque o travesseiro por outro mais alto, pois elevar apenas a cabeça afeta a curvatura abdominal, aumenta a pressão interna e piora a queimação1.

Também existe no mercado o “travesseiro antirrefluxo”, que faz essa adaptação da cabeceira, sem necessariamente precisar alterar a cama.

Cuide da saúde do seu estômago

Vez ou outra, a azia pode acontecer, mas se ela vier junto de dor epigástrica intensa, vômitos, regurgitação ácida, tosse seca, sinais de sangramento gastrointestinal, entre outros sintomas, procure encaminhamento médico.

Ainda que a intensidade seja leve, mas os episódios acontecem com frequência, oriente-se com um especialista para descobrir a causa e conseguir evitá-la.

Todo sintoma é um aviso de que algo não está 100% e precisa de atenção. Quanto antes você cuidar, melhor, não é mesmo?

Seja qual for sua dor na barriga, vai de Buscopan!

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Buscopan é a única marca com portfólio completo para cada intensidade de dor na Barriga1. Além disso, todos os produtos da linha possuem o ativo específico (butilbrometo de escopolamina) para o tratamento das cólicas e dores na barriga.

  • Buscopan: versão tradicional da caixinha verde, traz alívio rápido e prolongado e é indicado para dores leves e cólicas na região da barriga2. Saiba mais do Buscopan.
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Buscopan. butilbrometo de escopolamina. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas estomacais e intestinais, cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários. MS 1.7817.0890. Buscoduo. butilbrometo de escopolamina e paracetamol. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas, dores e desconforto na barriga. MS 1.7817.0889. Buscopan composto. butilbrometo de escopolamina e dipirona. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas intestinais, estomacais, urinárias, das vias biliares, dos órgãos sexuais femininos e menstruais. MS 1.7817.0891. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. 07/2022.
Referências Consultadas:
  1. 1. IQVIA PMB MAT JAN/22
  2. 2. Bula do produto Buscopan
  3. 3. Bula do Produto Buscopan Gotas
  4. 4. Bula do produto Buscoduo
  5. 5. Bula do produto Buscopan Composto

Sobre o autor

Buscopan

Buscopan® é uma medicação antiespasmódica que alivia especificamente desconforto e dor abdominais devido a cólicas e espasmos.

Buscopan® oferece um alívio direcionado de seus desconfortos e cólicas abdominais. Ele age onde a dor se desenvolve - no abdômen. Buscopan® funciona diretamente sobre os músculos de seus intestinos para aliviar as cólicas e espasmos que causam o desconforto. Com Buscopan®, você pode confiar que está visando o foco de seu desconforto e cólicas e aliviar o problema.

Conheça o autor

1. Conselho Federal de Farmácia. Guia de prática clínica sinais e sintomas do trato gastrointestinal - Azia (acidez/pirose) e dispepsia. 2020. Disponível em: https://www.cff.org.br/userfiles/Guia%20-%20AZIA(1).pdf. Acesso em março de 2023.2. World Gastroenterology Organisation (WGO) The WGO Foundation (WGO-F) WGO Handbook on HEARTBURN: A Global Perspective [Internet]. Disponível em: https://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/WDHD-2015-handbook-final.pdf. Acesso em março de 2023.3. Exercício físico depois do almoço faz mal? Veja quanto tempo esperar [Internet]. ge. Disponível em: https://ge.globo.com/eu-atleta/treinos/noticia/exercicio-fisico-depois-do-almoco-faz-mal-veja-quanto-tempo-esperar.ghtml. Acesso em março de 2023.4. Bolin TD, Korman MG, Hansky J, Stanton R. Heartburn: Community perceptions. Journal of Gastroenterology and Hepatology. 2000 Jan;15(1):35–9. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1440-1746.2000.02051.x. Acesso em março de 2023.5. Hunt R, Armstrong D, Katelaris P, Afihene M, Bane A, Bhatia S, et al. World Gastroenterology Organisation Global Guidelines: GERD Global Perspective on Gastroesophageal Reflux Disease. Journal of Clinical Gastroenterology [Internet]. Disponível em: https://journals.lww.com/jcge/fulltext/2017/07000/world_gastroenterology_organisation_global.5.aspx. Acesso em março de 2023.6. Vazquez JC. Heartburn in pregnancy. BMJ Clinical Evidence [Internet]. 2015 Sep 8;2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4562453/. Acesso em março de 2023. 7. EHS - Health Information [Internet]. www.elderly.gov.hk. [cited 2023 Apr 2]. Disponível em: https://www.elderly.gov.hk/english/health_information/digestive_problems/dyspepsia.html. Acesso em março de 2023.8. Gupta E. GERD Diet: Foods That Help with Acid Reflux (Heartburn) [Internet]. www.hopkinsmedicine.org. 2021. Disponível em: https://www.hopkinsmedicine.org/health/wellness-and-prevention/gerd-diet-foods-that-help-with-acid-reflux-heartburn. Acesso em março de 2023.9. Ford AC, Marwaha A, Sood R, Moayyedi P. Global prevalence of, and risk factors for, uninvestigated dyspepsia: a meta-analysis. Gut [Internet]. 2015 Jul 1;64(7):1049–57. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25147201/. Acesso em março de 2023.10. Hérnia de hiato: definição, causa, sintomas e tratamento [Internet]. https://cbcd.org.br/. Disponível em: https://cbcd.org.br/biblioteca-para-o-publico/hernia-de-hiato-definicao-causa-sintomas-e-tratamento/. Acesso em março de 2023.