Pediátrico Publicado em: 13/06/2024

Apendicite em criança: o que causa? Veja os principais sintomas

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Apesar de ser mais comum em adultos, a apendicite em crianças requer atendimento imediato e, na maioria das vezes, intervenção cirúrgica.1 Portanto, se você tem suspeitas de que seu filho tenha essa doença, procure um hospital quanto antes.

O quadro é considerado uma emergência médica porque pode causar uma infecção potencialmente fatal. Portanto, o objetivo sempre será detectar e tratar a apendicite precocemente, antes que ocorra uma infecção grave.2

Esta condição é rara em crianças menores de 1 ano, mas se torna mais comum à medida que crescem. No entanto, a apendicite pode ocorrer em qualquer idade.2

Devido à sua gravidade, é fundamental estar de olho nos pequenos para garantir que, a qualquer sinal da doença, você consiga percebê-la e buscar o diagnóstico com rapidez.

Então, quais são os sintomas e o que causa apendicite em crianças? Como é feito o diagnóstico e o tratamento? Neste conteúdo, abordaremos essas questões. Confira!

Quais são os sintomas de apendicite em crianças?

A apendicite é uma infecção ou inflamação do apêndice, uma estrutura semelhante a um tubo, de tamanho mindinho, que faz parte do intestino grosso. O órgão está localizado na parte inferior direita do abdômen.1

Os principais sintomas da apendicite infantil são:3

Veja mais sobre eles a seguir.

Dor abdominal em uma parte específica da barriga

A partir dos três anos, a ordem em que os sintomas aparecem é mais importante do que qualquer sinal em si. De maneira geral, o primeiro a aparecer é a dor.2

Pode começar no meio do abdômen, ao redor do umbigo, e depois passar para a região inferior direita (onde o órgão está localizado).3

No entanto, a apendicite em criança, particularmente em bebês, pode ser generalizada (difusa), em vez de estar confinada a uma parte.2

Uma das principais questões em relação a isso é que as crianças mais novas podem ser menos capazes de identificar um local específico. Por essa razão, pode ser comum que fiquem muito irritadas ou apáticas.3

Portanto, qualquer sinal de incômodo deve ser um ponto de atenção.

Náuseas, vômitos e perda de apetite

Após o início da dor, muitos apresentam náuseas ou vômitos, o que causa a perda de apetite, fazendo com que não queiram comer.2 Esse mal-estar costuma ocorrer em até 90% dos casos de apendicite.3

Além disso, o abdômen pode ficar sensível quando o médico o empurra, geralmente na área acima do apêndice.2

Febre baixa

Uma febre baixa (de 37,7ºC a 38,3ºC) se desenvolve em seguida, e é outro sintoma comum.2

A febre elevada não costuma ocorrer nos quadros de inflamação do apêndice, exceto nas situações mais graves, quando há perfuração e extravasamento de material fecal para dentro da cavidade abdominal.3

Essa ordem de sintomas é importante, pois é diferente daquela observada em crianças com gastroenterite viral, nas quais o vômito geralmente ocorre primeiro e a dor se desenvolve posteriormente.2

Inchaço abdominal

O inchaço abdominal ocorre devido à inflamação do apêndice, levando a um acúmulo de fluidos e aumento da pressão na região.4 O quadro pode resultar em uma distensão perceptível da barriga da criança, além de trazer mais sensibilidade para a área.

Dificuldade em evacuar ou gases

Também pode interferir no funcionamento normal do trato gastrointestinal, causando constipação e dificuldade na passagem de gases.4 Apesar de mais raros, esses sintomas podem ser confundidos com problemas digestivos comuns, tornando o diagnóstico da apendicite desafiador.

Dor ao urinar

A proximidade do apêndice inflamado com a bexiga pode levar a uma sensação de dor ao urinar. Contudo, essa dor não está diretamente relacionada à infecção urinária, mas sim à irritação causada pela inflamação próxima à área.5

Mal-estar geral e fraqueza

Por conta de todos os outros sinais associados, é comum que as crianças sintam mal-estar, com sensação de desconforto, irritabilidade e fraqueza.2,6

Como é feito o diagnóstico?

A principal maneira de descobrir é por meio da avaliação clínica. Ou seja, o médico realizará uma análise detalhada dos sintomas, histórico médico e exame físico.2

Além disso, é possível que ele solicite exames laboratoriais, como de sangue, para contagem de glóbulos brancos, que podem estar elevados como uma resposta do sistema imunológico à infecção.7

Por fim, a ultrassonografia abdominal e a tomografia computadorizada (TC) são comumente usadas para visualizar o apêndice e identificar possíveis sinais de inflamação ou infecção.7

Como é feito o tratamento?

A apendicite é tratada com a remoção do órgão infectado. Em alguns casos, por exemplo, quando o apêndice causou um abcesso, a cirurgia pode ser adiada até depois de a criança ter tomado antibióticos.6

A cirurgia de apendicite em criança é chamada de ‘apendicectomia’, sendo que a técnica mais utilizada atualmente é a videolaparoscopia.2

O que causa apendicite em criança?

A causa da apendicite infantil nem sempre é conhecida. Na maioria das vezes, ocorre uma obstrução (bloqueio) na abertura do apêndice.7 Também pode ser causado por:7

  • infecção abdominal;
  • infecção do trato digestivo;
  • doença inflamatória intestinal;
  • fezes, parasitas ou crescimentos dentro do apêndice.

Vale lembrar que, com tratamento precoce, o prognóstico geral para o público infantil com apendicite é muito bom.

Contudo, se os pequenos não forem tratados até a ruptura do órgão, o que ocorre mais comumente em crianças menores de 2 anos de idade, o parecer pode ser pior.3 Afinal, algumas que passam por uma cirurgia para ruptura de apêndice podem apresentar complicações.2

Como mencionado, se não forem tratadas, a apendicite raramente desaparece por si só. Portanto, ela pode progredir para peritonite, abscesso abdominal e, às vezes, morte.2

Conclusão

A grande maioria do público infantil se recupera rapidamente após a cirurgia e nenhuma mudança de dieta ou estilo de vida é necessária.

Ainda assim, é importante que limitem as atividades físicas e descansem entre 5 e 10 dias, dependendo de cada caso. Siga sempre as recomendações do médico.

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Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde para utilizá-lo com segurança.

Sobre o autor

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