Síndrome da dor abdominal funcional: o que é, sintomas, causas e tratamento
Existem várias doenças que causam dor na barriga, como é o caso da
síndrome da dor abdominal funcional (SDAF). Porém, aqui, o desconforto não está ligado a nenhum gatilho físico de um problema no sistema gastrointestinal.
Mas é possível que um gatilho que não seja físico cause um sintoma perceptível como uma dor contínua e regular na região do abdômen, sem que tenha relação com o mau funcionamento intestinal?
A resposta é sim, apesar de a incidência da síndrome da dor abdominal funcional ser considerada baixa, entre 0,5% e 2,0%1.
Porém, sentir dores constantes e por vários meses é um fator que afeta bastante a qualidade de vida, podendo prejudicar o desempenho no trabalho e nas atividades pessoais.
Por isso, reunimos as principais informações sobre síndrome da dor abdominal funcional neste artigo:
- O que é síndrome da dor abdominal funcional?
- Qual a causa da síndrome da dor abdominal funcional?
- Síndrome da dor abdominal funcional: sintomas
- Como tratar síndrome da dor abdominal funcional?
Continue lendo e entenda melhor sobre esse quadro de saúde.
O que é síndrome da dor abdominal funcional?
A síndrome da dor abdominal funcional, também referida pela sigla SDAF, é uma condição crônica que causa dores contínuas, permanentes ou cíclicas na região da barriga, porém sem haver nenhuma evidência de mau funcionamento estrutural ou bioquímico no trato gastrointestinal que justifique o sintoma2.
A SDAF traz limitações para a rotina das pessoas que sofrem com a síndrome, pois a dor afeta a disposição diária, prejudicando o desempenho no trabalho e em tarefas de rotina. Afinal, a dor não tem causa física, mas é real. 2
Mesmo sendo menos comum que outros distúrbios gastrointestinais como a síndrome do intestino irritável, por exemplo, a síndrome da dor abdominal funcional atinge mais mulheres do que homens (na proporção de 5:1), em idades entre 35 e 44 anos. A ocorrência diminui conforme a idade aumenta. 2
Os pacientes com SDAF vão ao médico com uma frequência 4 vezes maior do que pessoas sem dor. Isso gera faltas frequentes no trabalho, além de sofrimento do paciente2.
Qual a causa da síndrome da dor abdominal funcional?
A causa da síndrome da dor abdominal funcional está associada ao funcionamento anormal do cíngulo, uma região do cérebro que faz a comunicação entre o sistema límbico e o córtex, que pode ser causado por "distúrbios psicossociais”2.
Em casos onde uma doença gastrointestinal evolui para um quadro crônico, além da alteração no funcionamento intestinal, o centro regulador da dor no cérebro também é afetado. 2
Nos pacientes com SDAF, não existe nenhum problema ligado aos órgãos da região abdominal como colecistite, obstrução intestinal, pancreatite, síndrome do intestino irritável grave, entre outras. 2
A principal disfunção é que o corpo passa a perceber como anormal um organismo que está perfeitamente normal. Então, os pacientes com síndrome da dor abdominal funcional terão o “mecanismo de regulação da dor alterado”, o que afeta a capacidade de inibição dos estímulos percebidos2.
Isso significa que o córtex pré-frontal e o sistema límbico percebem de forma ampliada os estímulos normais e, consequentemente, eles não serão respondidos corretamente.
Os motivos para essa “falha” na inibição da dor em pacientes com SDAF pode estar ligada a redução na atividade de neuropeptídeos do sistema nervoso central como:
- serotonina2;
- noradrenalina2;
- endorfina2.
Mesmo que a dor seja na região do abdômen, são as estruturas cognitivas e funcionais do “eixo cérebro-intestino” que controlam a percepção de dor. 2
Então na síndrome da dor abdominal funcional, o sistema nervoso central é o principal responsável pelo controle do sintoma, o que é essencial para que o quadro seja diagnosticado e o paciente receba o tratamento correto. 2
Por isso, o médico precisa ter conhecimento desse quadro clínico para orientar os pacientes adequadamente. 2
Síndrome da dor abdominal funcional: sintomas e diagnóstico
O principal sintoma da síndrome da dor abdominal funcional é o desconforto constante ou recorrente na região por, no mínimo, seis meses. 1
Se o quadro de sintomas for insuficiente para diagnosticar outro distúrbio gastrointestinal de maneira clara, o médico vai investigar mais. 1
Quando o paciente perde sua funcionalidade diária, enfrentando limitações tanto para trabalhar quanto na convivência social, também é um sinal de alerta para a SDAF. 1
Outro ponto analisado é se o paciente simula, ou seja, se ele está fingindo as dores relatadas, o que vai exigir avaliações relacionadas à saúde mental. 1
Caso a dor esteja relacionada a funções fisiológicas como evacuação, alimentação ou menstruação, o diagnóstico pode ser síndrome do intestino irritável, endometriose, entre outros. 1
Além de analisar o sintoma, o médico faz um exame físico do paciente que ajuda a descartar ou confirmar outras doenças. A incapacidade de apontar o local exato da dor, por exemplo, pode ser uma evidência que confirma um diagnóstico funcional1.
Como tratar síndrome da dor abdominal funcional?
O tratamento da síndrome da dor abdominal funcional envolve terapias comportamentais e psicofarmacológicas2.
Em quadros de SDAF, a relação médico-paciente é muito importante e faz parte do tratamento, pois é preciso gerar empatia em relação ao problema, demonstrar confiança na abordagem utilizada e manter uma comunicação clara e objetiva.
A inclusão de medicamentos controlados depende de cada quadro. Alguns tipos utilizados são o antidepressivo tricíclico, sozinho ou combinado com outros remédios, que vai atuar nos neurotransmissores; ou anticonvulsivantes, que são uma alternativa por terem menos efeitos colaterais. 2
Os analgésicos também são prescritos para auxiliar no alívio da dor. Um exemplo é o Buscopan composto que tem butilbrometo de escopolamina e dipirona na fórmula, o que ajuda em quadros de dor intensa e cólica na região da barriga, diminuídos os espasmos e o desconforto abdominal3.
A terapia psicológica também pode ser incluída junto com os remédios para auxiliar o tratamento da síndrome da dor abdominal funcional.
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Referências Consultadas:
Sobre o autor
Buscopan
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