Dor na Barriga Publicado em: 18/07/2024 - Atualizado em: 25/10/2024

H. pylori: o que é, causas, sintomas e tratamento da infecção

Imagem do post H. pylori

A Helicobacter pylori, ou apenas H. pylori, é uma das infecções bacterianas crônicas mais comuns que afetam o organismo humano1.

Como a bactéria gosta de ambientes ácidos, ela se aloja no estômago, sendo uma das causas da gastrite, da úlcera péptica e, em quadros mais graves, do câncer no estômago¹.

O diagnóstico é essencial para tratar corretamente os sintomas da infecção, que podem ser bastante incômodos e evoluir, se os cuidados necessários não forem seguidos¹.

Neste artigo, explicamos tudo que você precisa saber sobre o H. pylori: o que é, sintomas, causas, formas de diagnóstico, transmissão, como é feito o tratamento, se existe cura e respondemos as perguntas frequentes sobre o tema¹.

Boa leitura!

O que é H. Pylori e o que ela causa?

O H. pylori (Helicobacter pylori) é uma bactéria gram-negativa de formato espiralado e que sobrevive em ambiente ácido. No organismo humano, ela infecta o estômago e causa gastrite, que é a inflamação da mucosa do estômago, úlcera péptica e alguns tipos de câncer de estômago2.

A presença da bactéria pode ser totalmente assintomática. Ou seja, a pessoa não apresenta sinais da infecção, uma característica que dificulta ou atrasa o diagnóstico2.

O maior número de casos acontece durante a infância, principalmente em países com renda per capita média ou baixa. Já em países de renda alta, como os da América do Norte, a incidência é maior na faixa etária acima dos 60 anos. Os grupos mais afetados são negros, hispânicos e asiáticos3.

Esse microrganismo já foi encontrado na saliva, fezes e placa dentária, indicando que a bactéria H pylori é transmissível via fecal-oral e oral-oral2.

Possíveis complicações

As complicações mais comuns associadas à infecção pela bactéria incluem4:

  • Úlceras: a Helicobacter pylori pode lesionar a camada interna de revestimento que protege o estômago e o intestino delgado. Essa alteração permite que o ácido clorídrico crie uma ferida aberta (úlcera). Aproximadamente 10% das pessoas com a bactéria desenvolvem esse quadro.
  • Gastrite: inflamação do revestimento interno do estômago. A gastrite crônica causa sintomas, como refluxo, enjoos e inchaço da região abdominal.
  • Câncer de estômago: uma das complicações mais graves é a predisposição para certos tipos de câncer de estômago. Por isso, o tratamento para eliminar a infecção é essencial.

Quais os sintomas da H. pylori no estômago?

Os sintomas ou sinais ligados à presença da H. pylori no estômago podem não se manifestar nunca, ou seja, o quadro é assintomático. A ciência ainda não identificou o motivo, porém a suspeita é que algumas pessoas nascem mais resistentes aos efeitos nocivos da bactéria4.

Por outro lado, quando os sintomas aparecem, eles são facilmente identificados e relacionados à gastrite ou à úlcera no estômago. Os principais sinais são4:

  • dor ou sensação de queimação no estômago;
  • dor na barriga, que pode piorar quando o estômago está vazio;
  • náuseas;
  • perda de apetite;
  • arrotos frequentes;
  • inchaço abdominal/estufamento;
  • perda de peso gradual e não intencional.

Como a infecção pode progredir de forma assintomática, quando os sinais surgem, eles podem indicar um quadro avançado. Então, fique atento aos seguintes sintomas que exigem atendimento médico imediato4:

  • dor abdominal intensa e contínua, que pode até provocar o despertar do sono;
  • fezes com sangue ou escuras;
  • vômito escuro, com sangue ou que se parece com borra de café.

Os sintomas são alertas para identificar uma alteração no organismo. Portanto, nunca releve qualquer sensação diferente, principalmente se for recorrente e não aliviar sozinha ou com algum medicamento4.

O que causa a H. pylori?

A causa exata da infecção por H. pylori nem sempre é clara, uma vez que existem diversos fatores de risco associados³.

O que se sabe é que a infecção é comum na infância, e os principais motivos para a aquisição são o nível socioeconômico, o aumento do número de irmãos e ter um dos pais infectados, em especial, a mãe3.

Em um estudo sobre a aquisição da infecção por Helicobacter Pylori na primeira infância feito na Alemanha, a contaminação materna foi um dos principais fatores de risco para crianças até os quatro anos adquirirem a bactéria5.

Por isso, a pesquisa reforça a importância do monitoramento intrafamiliar para o controle e prevenção desse tipo de infecção5.

Além disso, o acesso a serviços de saneamento básico (água e esgoto) de qualidade é fundamental, uma vez que a água contaminada pode proliferar o H. pylori. Esse problema específico é comum em muitos países em desenvolvimento3.

Fatores de risco para infecção

Como as condições de vida na infância aumentam as chances de infecção, os cuidados devem ser redobrados. As condições que contribuem para a contaminação são4:

  • Viver em um local cheio. Morar em uma casa com muitas pessoas pode aumentar o risco de infecção por H. pylori.
  • Não ter acesso a água limpa e tratada. Ter um sistema de tratamento de água confiável ajuda a reduzir o risco de infecção.
  • Morar em um país em desenvolvimento. A população de países em desenvolvimento corre um risco maior de se infectar por causa das condições de vida, como casas com muitas pessoas e falta de acesso aos serviços de saneamento básico.
  • Conviver com alguém que tenha H. pylori. É mais provável que pessoas da mesma família adquiram a bactéria quando moram com alguém que já infectado.

Leia também: Quais são os melhores cuidados para evitar a intoxicação alimentar?

Como é feito o diagnóstico de H. pylori?

O diagnóstico de H. pylori pode ser feito por meio de quatro tipos diferentes de exame: teste respiratório com ureia, exame de fezes, endoscopia e biópsia. Entenda como funciona cada procedimento².

Teste respiratório com ureia

O teste respiratório é realizado com uma dose de ureia marcada com carbono 13C ou 14C, que é ingerida em forma de pílula ou líquido. Depois de 20 a 30 minutos, quando o organismo já a metabolizou, é feita a expiração do ar em um aparelho que colhe amostras da respiração2.

Os pacientes infectados com H. pylori liberam uma quantidade de isótopos de gás carbônico na respiração acima do normal, o que permite fazer o diagnóstico. O exame é repetido posteriormente para confirmar se a bactéria foi erradicada com o tratamento ou não2.

Este teste é realizado em adultos e crianças a partir dos 6 anos que sejam capazes de seguir o passo a passo4.

Exames de fezes

Outro exame não invasivo muito utilizado para diagnosticar a infecção é o de fezes, também chamado de teste de antígeno fecal. O objetivo da análise é verificar a presença de proteínas (antígenos) que estão ligadas à presença do H. pylori no organismo4.

A existência de antígenos indica que o corpo já produziu anticorpos para tentar combater a bactéria4.

O teste PCR de fezes é outra opção, porém é mais caro que o primeiro, e nem todos os centros médicos oferecem essa modalidade4.

Nos laboratórios, os analistas checam se acontece a reação em cadeia da polimerase (PCR), indicando que a bactéria está presente no organismo. O exame também detecta se existem microrganismos mutantes que podem ser resistentes aos antibióticos utilizados no tratamento4.

Endoscopia

A endoscopia digestiva alta é utilizada no processo de confirmação do diagnóstico. Geralmente, o exame é pedido quando existem sintomas de úlcera péptica ou gastrite, distúrbios gastrointestinais que podem ser causados pela presença da bactéria4.

O paciente recebe uma sedação leve e o médico insere pela garganta um tubo longo e flexível, chamado de endoscópio, que possui uma câmera na ponta para visualizar e analisar o estômago e a primeira parte do intestino (duodeno)4.

Dessa forma, qualquer problema no trato digestivo superior é facilmente identificado. Porém, como é um procedimento invasivo, a endoscopia é realizada quando o gastroenterologista suspeita de um quadro digestivo específico, além do H. pylori4.

Outra função da endoscopia é investigar as melhorias que podem ser feitas no tratamento, quando os primeiros antibióticos não eliminam a infecção4.

Biópsia

A coleta de amostras de tecido para biópsia, quando necessária, é feita durante a endoscopia. As amostras são analisadas em laboratório para confirmar a infecção e outras características das células do estômago4.

Leia também >>> Células do estômago: quais são os principais tipos? Saiba mais!

Cuidados pré-exame

Alguns cuidados são importantes antes dos testes para que os resultados sejam confiáveis e seguros.

O primeiro é em relação aos antibióticos, uma vez que eles podem interferir na precisão dos exames. Caso o paciente já esteja em tratamento, um novo teste só deve ser realizado depois de quatro semanas sem o medicamento4.

Outros remédios que reduzem a produção de ácidos, como os inibidores da bomba de prótons e os bloqueadores de histamina (H2), também podem interferir no resultado4.

Dependendo do medicamento, o médico pode suspendê-lo até duas semanas antes do teste. Por isso, é importante seguir as instruções do especialista durante esse período4.

Como mencionado, os exames para diagnóstico são refeitos após o tratamento para confirmar se a bactéria foi eliminada do organismo4.

Como a bactéria Helicobacter pylori é transmitida?

Geralmente, a bactéria H pylori é transmissível de pessoa para pessoa por meio do contato direto com resíduos de saliva, vômitos e fezes que podem contaminar fontes de água, por exemplo4.

Isso explica a infecção em massa em muitos locais onde não existe saneamento básico adequado para atender e dar qualidade de vida à população4.

Outro efeito desse descuido é a contaminação dos alimentos que chegam às casas das pessoas. Se não forem higienizados corretamente, a bactéria pode contaminar todos que vivem na residência4.

Leia também >>> Infecção alimentar: saiba como ela acontece e como tratar.

Quais as etapas do tratamento de H. pylori?

O tratamento de H. pylori possui duas etapas básicas. A primeira inclui o uso combinado de medicamentos: dois ou três antibióticos associados a um inibidor da bomba de prótons. Na segunda etapa, um dos exames acima é refeito para verificar se a bactéria foi eliminada ou não do organismo2.

A função do antibiótico é acabar com a infecção. A quantidade de antibióticos necessária para “atacar” as bactérias é definida pelo médico. O tratamento quádruplo é feito por via oral e dura, em média, 14 dias. O triplo acontece por 10 a 14 dias2 6.

Os inibidores da bomba de prótons bloqueiam a liberação de ácido gástrico no estômago, o que cria um ambiente desfavorável para a sobrevivência das bactérias2.

Durante o tratamento, alguns efeitos colaterais que podem acontecer, dependendo do tipo de medicamentos, são6:

  • diarreia;
  • constipação intestinal;
  • dor de cabeça;
  • alteração do paladar;
  • náuseas;
  • escurecimento das fezes e da língua.

Uma pessoa com úlcera péptica, cuja causa seja a infecção por Helicobacter pylori, tem uma probabilidade superior a 50% de ter o problema novamente se não for tratada com antibiótico. O percentual diminui para 10% quando o tratamento inclui o medicamento6.

Caso o tratamento triplo ou quádruplo falhe, o protocolo é repetido. Se ambos não tiverem resultados positivos, uma nova endoscopia é realizada para buscar evidências de sensibilidade do organismo aos medicamentos ou outro aspecto que esteja interferindo nos resultados2.

A infecção por H. pylori tem cura?

Sim, a infecção por H. pylori tem cura. O médico confirma se o tratamento foi positivo repetindo os exames (teste respiratório, exame de fezes ou endoscopia), aproximadamente quatro semanas depois da finalização do protocolo6.

A colaboração do paciente é fundamental e determinante para que o tratamento seja bem-sucedido.

Por isso, é recomendado seguir com os remédios até o fim, especialmente os antibióticos, que devem ser administrados com o máximo de cuidado para que tenham o efeito esperado.

O uso inadequado dessa classe de medicamento pode causar mutações, o que torna as bactérias resistentes.

Alimentos contraindicados para quem tem H pylori

A dieta é um aspecto-chave no manejo dos sintomas e na promoção da cura da infecção por Helicobacter pylori. Certos alimentos podem irritar o estômago e agravar o quadro; por isso, é importante saber quais evitar8.

Alimentos Picantes

Alimentos picantes (com pimenta, pimentão, curry e outros temperos picantes) e ácidos (como frutas cítricas) podem aumentar a produção de ácido gástrico, irritar o revestimento do estômago e piorar os sintomas de gastrite e úlceras8.

Alimentos gordurosos e frituras

Alimentos ricos em gordura, como frituras, fast food e produtos de confeitaria, retardam o esvaziamento gástrico, o que pode aumentar a concentração de ácido e irritar o estômago8.

Bebidas com cafeína

Bebidas como café, chá preto, chá verde e refrigerantes com cafeína estimulam a produção de ácido no estômago, tendendo a agravar a inflamação e a dor8.

Álcool

O álcool pode irritar e provocar inflamação no revestimento do estômago, exacerbando os sintomas de H. pylori. Ele também pode interferir na eficácia do tratamento antibiótico8.

Laticínios integrais

Laticínios ricos em gordura, como leite integral, creme, queijos e manteiga, tendem a aumentar a produção de ácido gástrico e retardar a digestão, potencializando os sintomas desconfortáveis de H. pylori8.

É sempre importante consultar um nutrólogo ou nutricionista para que esse profissional possa elaborar um plano alimentar personalizado e que atenda plenamente às suas necessidades específicas8.

Perguntas frequentes sobre Helicobacter pylori

Agora que você já sabe o que é, as causas, como descobrir a infecção e tratá-la, reunimos algumas dúvidas frequentes e respondemos para que você aprenda os cuidados necessários.

A bactéria H. pylori dá dor no estômago?

Sim. A dor no estômago é um sintoma incômodo que não deve ser ignorado, principalmente em relação à frequência dos episódios.

Uma forma de aliviar os espasmos e a cólica causados pela presença da H. pylori é com medicamentos antiespasmódicos, como Buscopan®7.

A fórmula à base de butilbrometo de escopolamina promove o relaxamento da musculatura lisa dos órgãos da região abdominal (estômago, intestino, útero, rins e bexiga), o que evita os movimentos involuntários (espasmos), aliviando assim a dor7.

Um detalhe importante de mencionar é que Buscopan age apenas no sintoma e não na causa da infecção. Portanto, o tratamento específico para erradicar a bactéria deve ser seguido corretamente e complementado com um antiespasmódico, conforme a orientação médica7.

Leia também: O que é antiespasmódico? Para que serve? Saiba TUDO!

O que incluir na dieta para H. pylori?

Uma dieta saudável e equilibrada durante o tratamento é fundamental para ajudar o organismo a responder bem. Além disso, uma alimentação rica em bons nutrientes reduz e previne os sintomas desagradáveis, como a dor abdominal e outros desconfortos8.

Comer direito é uma forma de se sentir bem, ainda mais quando uma infecção no estômago entra em cena. Veja o que incluir no cardápio durante o tratamento8.

Berries

As berries, ou frutas vermelhas, em bom português, ajudam a manter a bactéria sob controle no organismo. Frutas, como mirtilo, morango, framboesa e amora possuem ação bacteriostática em relação à H. pylori. Ou seja, impedem a multiplicação dos microrganismos (não os matam, ok?)8.

Desde que não causem nenhum desconforto digestivo, incluir porções de berries na dieta auxilia no tratamento8.

Vegetais

Por essa dica você já esperava, não é? Inclua vegetais de todos os tipos para fortalecer o organismo no combate a infecção. Esses alimentos são ricos em substâncias antioxidantes e anti-inflamatórias naturais, além de serem fáceis de digerir8.

O destaque vai para os vegetais crucíferos, como brócolis, couve-flor, couve, acelga chinesa e couve-de-bruxelas. Estes alimentos são ricos em sulforafano, um fitonutriente que reforça a defesa do organismo contra a Helicobacter pylori8.

Probióticos

Durante um quadro de infecção, é importante reforçar a presença de bactérias boas no trato digestivo. É aí que os alimentos probióticos entram em ação8.

Apesar de necessários, os antibióticos afetam a flora bacteriana intestinal, causando efeitos colaterais, como inchaço, excesso de gases e diarreias, entre outros8.

Para tentar evitar esses sintomas, ter uma boa digestão e manter o intestino saudável durante o tratamento, inclua alimentos probióticos como iogurte, queijo cottage, buttermilk (leitelho), kefir e kombucha8.

Chás e bebidas para evitar

O tipo de líquido ingerido durante o tratamento de infecções merece atenção, pois alguns afetam o estômago e o intestino, ainda mais quando existe alguma intolerância ou doença, como gastrite e úlcera8.

O recomendado é priorizar os chás. Estudos mostram que o chá verde tem a capacidade de impedir a proliferação de H. pylori e reduzir a inflamação do estômago. Os chás de ervas calmantes, especialmente hortelã-pimenta e gengibre, também são benéficos para o estômago8.

Entre as bebidas que devem ser evitadas durante o tratamento, estão8:

  • café (especialmente pessoas quem tem outros problemas no estômago);
  • bebidas alcoólicas;
  • bebidas gaseificadas;
  • leite de vaca (durante a infecção, os efeitos podem piorar em pessoas com intolerância ou alergia a lactose).

Aprenda a mudar hábitos com as dicas do artigo: Como fazer uma reeducação alimentar? 5 passos para começar.

Mel

Sabia que o mel tem propriedades antibacterianas? Antigamente, a substância foi utilizada como ativo para cicatrização de feridas8.

Pesquisas apontaram que o mel tem capacidade de inibir a H. pylori, além do consumo reduzir o risco de infecção. Uma forma prática de inserir o mel na alimentação é usá-lo para adoçar iogurte natural sem sabor e os chás8.

Proteínas

O consumo de proteínas durante o tratamento da Helicobacter pylori deve ser cuidadoso, pois alguns tipos de carne podem sensibilizar o estômago, devido à dificuldade para digestão8.

Dê preferência a carnes magras e fáceis de digerir, como peito de frango e peixes brancos. Converse com seu médico e discuta as opções mais adequadas para garantir a ingestão adequada de proteínas8.

Gorduras boas

Os tipos de gordura que contribuem para o tratamento são ômega-3, ômega-6 ou monoinsaturadas, como azeite, óleo de groselha negra e óleo de peixe. Estudos apontam que esses tipos impedem o crescimento da H. pylori8.

Temperos

Estudos que avaliaram ervas capazes de eliminar a H. pylori, utilizadas como temperos, mostraram que as mais eficientes são: açafrão, cominho, gengibre, pimenta e salsa fresca8.

Vale lembrar que todas as dicas de alimentação funcionam como complemento e não tratamento principal. Os medicamentos são fundamentais no combate à infecção e a dieta ajuda a fortalecer o organismo e a evitar gatilhos de sintomas desagradáveis8.

Como saber se a bactéria H pylori morreu?

Confirmar a erradicação de H. pylori é essencial para evitar complicações futuras, como úlceras e câncer gástrico. A persistência da infecção pode requerer um novo ciclo de tratamento com diferentes antibióticos4.

Para saber se a bactéria H. pylori morreu após o tratamento, médicos recomendam um ou mais dos seguintes métodos de acompanhamento4.

Teste respiratório de ureia

O paciente ingere uma substância que contém ureia marcada com carbono. Se H. pylori estiver presente, a urease (enzima produzida pela bactéria) irá decompor a ureia em dióxido de carbono, que é detectado na respiração4.

Normalmente, esse exame é realizado pelo menos quatro semanas após o término do tratamento com antibióticos e inibidores de bomba de prótons (IBP)4.

Teste de fezes

Este teste detecta antígenos de H. pylori nas fezes. Também é feito a partir de quatro semanas após o término do tratamento para garantir que a infecção foi erradicada4.

Endoscopia com biópsia

Durante uma endoscopia, o médico coleta uma amostra do tecido do estômago para testar a presença de H. pylori4.

Este é um procedimento mais invasivo, usado principalmente quando há necessidade de uma avaliação mais detalhada do estômago ou se houver complicações4.

Qual o medicamento para tratar de H pylori?

O tratamento padrão para a infecção por H. pylori, geralmente, envolve uma combinação de medicamentos chamada "terapia tríplice". Essa combinação inclui dois antibióticos, como claritromicina e amoxicilina (ou metronidazol para pacientes alérgicos à penicilina), e um inibidor de bomba de prótons (IBP), como omeprazol, lansoprazol ou esomeprazol2, 6.

O IBP reduz a produção de ácido no estômago, ajudando os antibióticos a funcionarem melhor e promovendo a cicatrização do revestimento gástrico. Em alguns casos, uma terapia quádrupla, que adiciona bismuto, pode ser recomendada se a terapia tríplice não for eficaz2, 6.

Quais as formas de prevenção de H. pylori?

As principais formas de prevenção contra H. pylori são9:

  • higienizar as mãos antes das refeições e sempre que chegar da rua;
  • lavar as mãos depois de ir ao banheiro, especialmente em lugares públicos, como o trabalho, shopping, restaurantes e, claro, em casa também;
  • não colocar as mãos na boca e nos olhos (esse cuidado protege de todo tipo de infecção);
  • não usar talheres e copos de outras pessoas e lavá-los corretamente quando fizer reuniões em casa;
  • higienizar os alimentos in natura (verduras, legumes e frutas) corretamente;
  • fazer consultas periódicas de check-up e ficar atento aos sintomas.

Buscopan como medicamento aliado para tratar H. pylori

Buscopan pode ser eficaz no tratamento dos sintomas associados à infecção por H. pylori, como dor e desconforto abdominal, devido às suas propriedades antiespasmódicas7.

O medicamento atua relaxando a musculatura lisa do trato gastrointestinal, o que ajuda a aliviar as cólicas e a dor abdominal causadas pela inflamação e irritação do estômago e intestinos7.

Assim, enquanto o tratamento principal para H. pylori envolve antibióticos e medicamentos para reduzir a acidez, Buscopan pode proporcionar alívio sintomático complementar7.

A H. pylori é uma bactéria silenciosa, mas que pode levar a quadros sérios se não tratada corretamente e no tempo adequado. Consulte seu médico de confiança e cuide da sua saúde!

Buscopan. butilbrometo de escopolamina. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas estomacais e intestinais, cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários. MS 1.7817.0890. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Maio/2024.

Sobre o autor

Buscopan

Buscopan® é uma medicação antiespasmódica que alivia especificamente desconforto e dor abdominais devido a cólicas e espasmos.

Buscopan® oferece um alívio direcionado de seus desconfortos e cólicas abdominais. Ele age onde a dor se desenvolve - no abdômen. Buscopan® funciona diretamente sobre os músculos de seus intestinos para aliviar as cólicas e espasmos que causam o desconforto. Com Buscopan®, você pode confiar que está visando o foco de seu desconforto e cólicas e aliviar o problema.

Conheça o autor

1. Chey WD, Leontiadis GI, Howden CW, Moss SF. ACG Clinical Guideline: Treatment of Helicobacter pylori Infection. American Journal of Gastroenterology. 2017 Feb;112(2):212–39. Disponível em: https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2017/02000/ACG_Clinical_Guideline__Treatment_of_Helicobacter.12.aspx. Acesso em maio de 2023.


2. Vakil N. Infecção por Helicobacter pylori [Internet]. Manuais MSD edição para profissionais. Manuais MSD; 2021. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/gastrite-e-doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica/infec%C3%A7%C3%A3o-por-helicobacter-pylori#v892051_pt. Acesso em maio de 2023.


3. Chey WD, Leontiadis GI, Howden CW, Moss SF. ACG Clinical Guideline: Treatment of Helicobacter pylori Infection. American Journal of Gastroenterology. 2017 Feb;112(2):212–39. Disponível em: https://journals.lww.com/ajg/Fulltext/2017/02000/ACG_Clinical_Guideline__Treatment_of_Helicobacter.12.aspx. Acesso em maio de 2023.


4. Mayo Clinic. Helicobacter pylori (H. pylori) infection - Symptoms and causes [Internet]. Mayo Clinic. 2017. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/h-pylori/symptoms-causes/syc-20356171. Acesso em maio de 2023.


5. Weyermann M, Rothenbacher D, Brenner H. Acquisition of Helicobacter Pylori Infection in Early Childhood: Independent Contributions of Infected Mothers, Fathers, and Siblings. Official journal of the American College of Gastroenterology | ACG [Internet]. 2009 Jan 1;104(1):182–9. Disponível em: https://journals.lww.com/ajg/Abstract/2009/01000/Acquisition_of_Helicobacter_Pylori_Infection_in.31.aspx. Acesso em maio de 2023.


6. Nimish Vakil. Infecção por Helicobacter pylori [Internet]. Manual MSD Versão Saúde para a Família. Manuais MSD; 2020. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/gastrite-e-%C3%BAlcera-p%C3%A9ptica/infec%C3%A7%C3%A3o-por-helicobacter-pylori. Acesso em maio de 2023.


7. Produto Buscopan® | Buscopan [Internet]. www.buscopan.com.br. Disponível em: https://www.buscopan.com.br/produtos/buscopan. Acesso em maio de 2023.


8. The Do’s and Don’ts of an Anti-H. Pylori Diet [Internet]. Global Wellness Lab. Disponível em: https://www.globalwellnesslab.org/wellness-programs/the-dos-and-donts-of-an-anti-h-pylori-diet/. Acesso em maio de 2023.


9. 8 sintomas de infecção pela bactéria H.pylori | Vida Saudável | Conteúdos produzidos pelo Hospital Israelita Albert Einstein [Internet]. vidasaudavel.einstein.br. 2022. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/bacteria-h-pylori/. Acesso em maio de 2023.


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