O que é escala de dor? Veja como medir e a importância dessa tabela!
A dor do paciente é talvez o principal sintoma a ser controlado em um contexto de doença ou problemas diversos de saúde. Nesse cenário, uma escala de dor que mensura o grau de intensidade do sofrimento do paciente diante de determinado quatro é um ótimo parâmetro para que se aposte no tratamento certo e eficaz para o problema.
Entretanto, como definir uma tabela de dor padronizada e objetiva quando esse fenômeno é tão subjetivo e varia de paciente para paciente? O fato é que, utilizando as variáveis certas no cálculo, como localização, duração e intensidade, é possível sim criar um mecanismo de escala numérica de dor que pode auxiliar a escolha dos procedimentos mais plausíveis para diminuição dos sintomas. ¹
Diante disse, vários instrumentos foram desenvolvidos para mensurar como cada um reage a dor. Dentre eles, podemos destacar dois tipos de escala de dor: a unidimensional e a multidimensional. Cada uma delas, por sua vez, possuem métodos diferentes para avaliar esse fenômeno e enquadrar o sintoma do paciente em um número específico. ¹
Quer aprender como funciona o desenvolvimento de uma escala de dor, como fazer a mensuração e quais são os tipos e escalas mais famosas para definição desse número? Confira então o artigo completo que preparamos sobre esse tema! Boa leitura!
Quais são os tipos de escala de dor?
A escala de dor é uma forma de avaliar a causa, a natureza e a gravidade da dor, além de seus efeitos direitos sobre sono, atividades do dia a dia, qualidade de vida, cognição e humor. Alguns pontos importantes que devem ser levados em consideração nessa análise são:²
- Frequência, persistência, duração e grau de flutuação
- Qualidade da dor, se aguda, crônica, prolongada, cólica, queimação, limitante
- Gravidade
- Localização exata, se é precisa ou difusa, profunda ou superficial
- Fatores exacerbantes ou atenuantes. ²
Esses relatos são insumos fundamentais para construir uma escala de dor precisa e com o objetivo de orientar a prática médica para exames laboratoriais, prescrições de tratamento e avaliações de intervenções potencialmente mais dolorosas. ²
Existem duas maneiras diferentes de lidar com as escalas: a escala unidimensional e a multidimensional. Vamos fazer uma breve explicação sobe cada uma delas.
O que é a escala de dor unidimensional?
A escala de dor unidimensional é que leva apenas uma variável (ou dimensão) em consideração para medir a dor do paciente. Nesse segmento, destacam-se a escala de visual numérica (EVN), a escala visual analógica (EVA), dentre outras das quais falaremos mais adiante. ¹
Aqui as mensurações são mais simples, como dar uma nota de 0 a 10 à intensidade da dor, quando zero é “ausência de dor” e 10 é “pior dor imaginável” ou que o paciente marque em uma linha reta o grau da dor que ele está sentido. ¹
Esses métodos têm como objetivo facilitar a comunicação entre médico e paciente para que ele possa tenta sublinhar a intensidade da dor de forma simples, direta e intuitiva. O ponto negativo fica para a falta de precisão em virtude das poucas variáveis levadas em consideração ¹
O que é a escala de dor multidimensional?
Esse tipo de escala de dor é o que leva esse fenômeno como ele realmente é: multidimensional e com mais de uma dimensão e variável. Afinal, a dor de fato é um fenômeno multifacetado que envolvem componentes sensitivos, cognitivos e emocionais. E esses aspectos psicológicos têm influência no início, agravamento e manutenção dos sintomas. ³
É justamente a necessidade de abranger essas variáveis que surge a escala de dor multidimensional. Um dos questionários de dor mais largamente utilizados foi o criado Dr. Melzack, da Universidade Mcgill. ¹
Ele traz uma relação de 87 descritores das qualidades sensoriais da dor de um paciente e das emoções correspondentes. Além disso, o formulário também traz o desenho do corpo, no qual o paciente aponta de forma mais específica a localização da dor, e uma escala de intensidade da dor. ¹
Veja abaixo um exemplo do formulário de dor Mcgill:
Fonte: Fonte: Pimenta CAM. Rev. Assoc. Médica Brasileira. 1996 ;30(3). 4
Por saber a intensidade e mensuração da dor é importante?
A importância da criação de uma tabela de dor é que a conclusão do diagnóstico e a eficácia do tratamento são mais robustas. Uma série de informações multidimensionais e do histórico do paciente podem ajudar a indicar quais exames laboratoriais fazer e assim identificar mais facilmente a origem da dor. ²
Por exemplo, informações derivadas de uma escala de dor podem trazer conclusões sobre o nível de funcionalidade do paciente e o impacto da dor nas atividades do dia a dia — como tomar banho, se vestir, rendimento profissional, atividade físicas, dentre outros.
Nesse cenário, é possível identificar até um histórico familiar que leve a dores crônicas, evidência fundamental para prescrever o melhor tratamento para o problema. ²
Em resumo, criar uma tabela para intensidade e mensuração da dor é importante para:
- Conhecer melhor a dor e o que faz o paciente sofrer
- Prescrever tratamentos mais adequados e eficazes para conter os sintomas
- Monitorar os resultados das intervenções analgésicas
- Serve como medida padrão para orientar futuros tratamentos e condutas terapêuticas.5
Como se aplica a escala de dor?
Quer ver alguns exemplos práticos de como se aplica a escala de dor? Selecionamos cinco opções para que você veja como essa metodologia é feita na prática. Confira!
Escala comportamental de dor
A escala comportamental de dor é uma ferramenta de avaliação da dor para pacientes não-comunicativos e sedados em unidade de tratamento intensivo (UTI). As UTIs são centros especializados nos quais os indivíduos estão expostos a diferentes fatores que provocam dor aguda, inclusive os procedimentos de rotina 6
Diante disso, recomenda-se que a dor seja frequentemente monitorada para aliviar o sofrimento dos pacientes. Entretanto, em função da gravidade da doença que pode tornar o paciente incapacitado, muitas vezes eles podem não conseguir se comunicar de forma clara para expressar o grau da dor.6
Esse método também pode ser utilizado em outros contextos e as coletas de dados levadas em consideração dizem respeito a percepção de respostas de comportamento em contextos específico, como fazer careta ao receber a administração de um remédio, por exemplo. ²
Escala funcional de dor
Para determinar essa escala, é fundamental que os aplicadores do exame expliquem aos pacientes que a medida será tomada a partir dos efeitos limitadores da dor em sua capacidade funcional. ²
Ela possui similaridade com a escala numérica de dor, na qual o paciente vai definir o número que melhor explica os sintomas que ele sente no momento. Essa escala pode tanto ser de 0 a 5, quanto de 0 a 10.²
Utilizando o formato de 0 a 10 como exemplo, temos a seguinte divisão de escala de dor:²
0: Sem dor
1/2: Tolerável, a dor não impede nenhuma atividade
3/4: Tolerável, mas a dor impede algumas atividades
5/6: Intolerável, e a dor não impede o uso de telefone, assistir TV ou ler
7/8/9: Intolerável, e a dor impede o uso de telefone, assistir TV ou ler
10: Intolerável, e a dor impede a comunicação verbal.
Escala verbal de dor
Essa escala de dor é talvez a mais subjetiva dentre as cinco que listamos nesse artigo. Aqui, o paciente não definirá sua escala de dor a partir de uma numeração ou padrão já pré-concebido. 7
Na verdade, ele quantifica a sua experiência usando frases que classificam diferentes intensidades subjetivas de dor, como nenhuma dor, dor leve, dor moderada, dor forte, dor insuportável e a pior dor possível.7
Esse modelo se mostrou bastante eficiente, especialmente, na mensuração da dor em pacientes idosos. Mesmo em pacientes com leve ou moderado déficit cognitivo, essa escala obteve grande sucesso, pois eles poderiam interpretar e expressar a intensidade da sua dor de forma verbal e mais livre.7
Entretanto, em virtude de elevada falta de capacidade cognitiva ou introspecção no entendimento das palavras, alguns idosos sentiram dificuldade com o método em análises controladas.7
Escala visual de dor (ou escala visual-analógica)
Esta escala mostra uma linha não graduada cujas extremidades correspondem a ausência de dor, em geral situada na extremidade inferior, nas dispostas verticalmente, e à esquerda, naquelas dispostas horizontalmente; e a pior dor possível, nas extremidades opostas. ¹
Esse é um modelo bastante simples e intuitivo para o paciente, já que é um modelo unidimensional e fácil de interpretar. Entretanto, esse método não traz resultados mais profundos e amplos como o modelo multidimensional do formulário Mcgill. ²
Essa escala é bem similar a numérica, só que sem a inserção da numeração que medo a escala de dor.
Escala numérica de dor
A escala numérica de dor é uma das mais simples e diretas disponíveis. Ela é um modelo unidimensional no qual o paciente, em uma escala de 0 a 10, deve assinalar o número que melhor corresponde à intensidade da dor. De 0, não há nenhuma dor, enquanto em 10, a dor é excessiva.¹
A escala numérica de dor pode ser utilizada para avaliar qual o medicamento você deve utilizar para aliviar os sintomas. Vamos ver o exemplo da família Buscopan. Dos quatro produtos disponíveis, cada um deles é utilizado para a intensidade da dor na barriga do paciente.8
O Buscopan Gotas (caixinha verde), por exemplo, poderia ser usado para dores leves em uma escala de 1 a 3. O Buscoduo, por sua vez, poderia ser usado para dores moderadas de 4 a 7. Por fim, temos o Buscopan Composto, que possui dipirona em sua fórmula, que poderia ser usado para casos de dores mais severas na escala de 8 a 10.8
Os remédios da família Buscopan possuem ação antiespasmódicas para alívio de qualquer cólica ou desconforto que o paciente sinta na região abdominal. 8
Em caso de dor persistente e intensa na dor da barriga, um médico deverá ser consultado para fazer um diagnóstico mais preciso do caso e, assim, orientar o melhor tratamento disponível.
Buscopan. butilbrometo de escopolamina. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas estomacais e intestinais, cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários. MS 1.7817.0890.
Buscoduo. butilbrometo de escopolamina e paracetamol. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas, dores e desconforto na barriga. MS 1.7817.0889.
Buscopan composto. bultibrometo de escopolamina e dipirona. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas intestinais, estomacais, urinárias, das vias biliares, dos órgãos sexuais femininos e menstruais. MS 1.7817.0891.
Buscopan pediátrico. butilbrometo de escopolamina. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas dos tratos gastrintestinal e geniturinário, assim como cólicas e discinesias das vias biliares. M.S. 1.7817.0929. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Outubro/2022.
Buscopan é a única marca com portfólio completo para cada intensidade de dor na Barriga1. Além disso, todos os produtos da linha possuem o ativo específico (butilbrometo de escopolamina) para o tratamento das cólicas e dores na barriga.
- Buscopan: versão tradicional da caixinha verde, traz alívio rápido e prolongado e é indicado para dores leves e cólicas na região da barriga2. Saiba mais do Buscopan.
- Buscopan Gotas: possui a mesma fórmula do Buscopan comprimido, mas na versão gotas. Indicado principalmente para crianças e grávidas3 (desde que indicado por um médico). Conheça o Buscopan Gotas para cuidar da cólica do seu bebê!
- Buscoduo: além do Butilbrometo de escopolamina, essa versão da caixinha laranja de Buscopan possui Paracetamol em sua composição, aliviando cólicas e dores na barriga moderadas4. Veja mais informações sobre o Buscoduo!
- Buscopan Composto: o princípio ativo do Buscopan da caixinha roxa é uma combinação de Butilbrometo de escopolamina com Dipirona, ou seja, ele possui ação analgésica e antiespasmódica, ideal para combater dores intensas na barriga5. Entenda o funcionamento de Buscopan Composto.
Buscopan. butilbrometo de escopolamina. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas estomacais e intestinais, cólicas e movimentos involuntários anormais das vias biliares e cólicas dos órgãos sexuais e urinários. MS 1.7817.0890. Buscoduo. butilbrometo de escopolamina e paracetamol. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas, dores e desconforto na barriga. MS 1.7817.0889. Buscopan composto. butilbrometo de escopolamina e dipirona. Indicações: tratamento dos sintomas de cólicas intestinais, estomacais, urinárias, das vias biliares, dos órgãos sexuais femininos e menstruais. MS 1.7817.0891. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. 07/2022.
Referências Consultadas:
- 1. IQVIA PMB MAT JAN/22
- 2. Bula do produto Buscopan
- 3. Bula do Produto Buscopan Gotas
- 4. Bula do produto Buscoduo
- 5. Bula do produto Buscopan Composto
Sobre o autor
Buscopan
Buscopan® é uma medicação antiespasmódica que alivia especificamente desconforto e dor abdominais devido a cólicas e espasmos.
Buscopan® oferece um alívio direcionado de seus desconfortos e cólicas abdominais. Ele age onde a dor se desenvolve - no abdômen. Buscopan® funciona diretamente sobre os músculos de seus intestinos para aliviar as cólicas e espasmos que causam o desconforto. Com Buscopan®, você pode confiar que está visando o foco de seu desconforto e cólicas e aliviar o problema.
4. Pimenta CAM, Teixeira MJ. Questionário de dor McGill: proposta de adaptação para a língua portuguesa. Revista da Associação Médica Brasileira. 1996 Dec;30(3). Acesso: outubro, 2022
6. Azevedo-Santos IF, Alves IGN, Cerqueira Neto M, et al. Validation of the Brazilian version of Behavioral Pain Scale in adult sedated and mechanically ventilated patients. Brazilian Journal of Anesthesiology. 2017 May;67(3):271–7. Acesso: outubro, 2022